O avanço da vacinação está permitindo o retorno de certas atividades. Na postagem de hoje vamos falar sobre a retomada do mercado de coworking na América do Norte e Europa. Afinal, observar o comportamento de outros países é uma forma de identificar tendências que o Brasil possivelmente irá seguir.

Siga a leitura para saber mais sobre a retomada dos coworkings ao redor do mundo e suas particularidades. Vamos começar?

Retomada do mercado de coworking

Com a pandemia, o modelo tradicional de escritório foi deixado para trás por muitas empresas e profissionais. Afinal de contas, a tecnologia permite que pessoas em diferentes lugares se conectem e trabalhem juntas, de forma bem mais econômica.

Com os processos funcionando bem à distância, diversas companhias entregaram suas salas comerciais. E uma parcela significativa delas não pretende voltar atrás e abrir mão dos benefícios alcançados no período de distanciamento social.

Por outro lado, o home office não se mostra eficiente a longo prazo, especialmente por questões como estrutura para o trabalho e saúde mental. Assim, os coworkings passaram a ter grande procura, porque oferecem um meio-termo entre o escritório próprio e o trabalho em casa.

Nos escritórios compartilhados, os profissionais podem seguir uma rotina equilibrada, como se estivessem na sede da empresa. Há toda a estrutura necessária para realizar as atividades e o custo é mais baixo do que manter um espaço próprio.

Esses fatores levaram ao aumento da busca por coworkings na retomada em diversos países. Nos Estados Unidos, considerado um líder quando o assunto é coworking, a pandemia levou a uma queda na busca por escritórios compartilhados. Contudo, hoje, o que se vê é o retorno da procura.

O mesmo movimento pode ser visto em países da Europa. Afinal, uma coisa é fato, grandes acontecimentos geram mudanças no comportamento das pessoas e a cultura do trabalho foi bastante alterada. Mesmo com a vacinação e o retorno de certas atividades, muitos hábitos permanecerão por muito tempo.

Tendências do mercado de coworking na América do Norte e Europa

Todas as transformações pelas quais o mundo passou nos últimos meses levaram a mudanças também no mercado de coworking. Veja quais são as tendências que estão sendo observadas na América do Norte e Europa.

Aumento da procura em coworkings com localização privilegiada

Coworkings naturalmente ficam em locais estratégicos das cidades, porém, a tendência é o aumento da procura por aqueles que possuem a melhor localização. Escritórios compartilhados que ficam em centros comerciais serão cada vez mais concorridos.

Após meses sem sair de casa, os profissionais desejam trabalhar em regiões que ofereçam praticidade. Dessa maneira, a ida ao escritório é combinada com outras demandas pessoais, tornando a rotina mais eficiente.

Rotina flexível de idas ao escritório

O home office não foi totalmente banido e ainda funciona em uma rotina flexível. Com isso, diversas empresas têm realizado um sistema de rodízio com seus funcionários em coworkings, o que é vantajoso para todos os envolvidos.

Assim, a equipe se divide e trabalha de modo presencial em determinados dias, permanecendo em casa nos outros. Essa modalidade híbrida tem se mostrado bastante popular e vai de encontro à ideia de flexibilidade que já vinha sendo buscada por profissionais em geral.

O trabalho híbrido reúne liberdade e praticidade para os colaboradores. Além disso, eles podem interagir pessoalmente com os colegas e ter uma rotina equilibrada. As empresas, por sua vez, conseguem otimizar os gastos e obter um bom desempenho do time.

Com a pandemia, o modelo tradicional de escritório foi deixado para trás por muitas empresas e profissionais.

Espaços que privilegiam a saúde mental dos profissionais

O home office parecia uma ótima ideia, se não fosse a estafa pela qual muitos profissionais passaram por realizarem todas as atividades no mesmo espaço. Dormir, se alimentar, trabalhar, fazer reuniões, se divertir sob o mesmo teto é extremamente exaustivo a longo prazo.

Com isso, mais do que um local de trabalho, os coworkings se tornaram espaços para estimular a mente, encontrar pessoas, fazer networking e até se divertir. Nisso, vão se destacar locais que, mais do que estações de trabalho, contam com ambientes de convivência e descompressão.

Dessa forma, os coworkers têm os locais de trabalho, como toda a estrutura necessária para serem produtivos, e também áreas em que podem conversar com os colegas, se distraírem e estimularem a mente.

Adoção de medidas sanitárias de segurança

As medidas sanitárias de segurança seguirão como parte da rotina dos coworkings e outros lugares por um bom tempo. Hábitos já conhecidos, como o uso de máscaras, distanciamento e higienização frequentes das mãos, continuarão parte da rotina em coworkings.

O controle de pessoas por metro quadrado deverá seguir as recomendações de cada cidade. Contudo, espera-se que as restrições sigam por mais alguns meses e a situação se normalize gradativamente.

A conquista de um novo público

Embora tenhamos falado inicialmente sobre empresas, todas as informações também se aplicam aos freelancers. Muitos vêm buscando coworkings como alternativa para saírem de casa, interagirem com outros profissionais e até ampliarem as possibilidades do negócio.

Fato é que os profissionais independentes já eram figurinhas carimbadas em coworkings. Afinal de contas, nesses espaços eles podem ter uma rotina mais equilibrada, fazer networking e cuidar da saúde mental.

O que está sendo possível ver na América do Norte, Europa e outros países é a conquista de um novo público. De um lado, empresas que mantinham sedes próprias e de outros freelancers que, por conta do isolamento, estão exaustos de permanecer tanto tempo em casa.

Conclusão

As tendências do mercado de coworking na América do Norte e Europa já demonstram sinais também no cenário brasileiro. Afinal, por mais que cada país tenha seus hábitos e sua realidade, certos comportamentos acabam sendo motivados por necessidades naturais do ser humano, como a interação.

Os profissionais puderam ver o quanto o contato com outras pessoas é importante por muitos motivos diferentes. Em primeiro lugar, pela questão da socialização, que é uma necessidade humana, e também por fatores como estímulo da criatividade e maior sinergia para a realização de projetos.

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