Mais do que nunca, é preciso atrair e reter colaboradores que estejam alinhados à cultura corporativa e ao modelo de trabalho adotado pela empresa. A estratégia correta para essa missão já existe nas maiores e melhores corporações. Conheça-a!
Há alguns anos a expressão employer branding circula nos mais diversos veículos de comunicação e nos círculos de gestores de Recursos Humanos e C-Levels. Mas muito mais que uma buzzword ou moda passageira, essa é uma solução altamente estratégica no trabalho de atração e retenção de talentos, sobretudo contexto atual de trabalho remoto e híbrido.
O que é Employer Branding
A origem da expressão employer branding se deu no início dos anos 90, durante uma palestra do fundador da People in Business, Simon Barrow. O prestigiado consultor londrino a criou para difundir a ideia de que inserir estratégias de comunicação e marketing para atração e retenção de profissionais é um bom negócio para as empresas.
A premissa de Barrow é que além de atrair e fidelizar clientes e consumidores, as ferramentas do marketing podem e devem ser aplicadas nos processos de recrutamento e seleção. Employer Branding, portanto, é a aplicação da inteligência de marketing para fortalecer a imagem da marca empregadora da empresa.
Marca comercial e marca empregadora
A marca comercial, neste contexto, é aquela percebida pelo consumidor. Está relacionada à forma como uma empresa expõe seus produtos no mercado, com o propósito de atrair, conquistar e fidelizar consumidores, shoppers e clientes.
Já a marca empregadora é determinada pela forma como o mercado de trabalho enxerga a empresa. Ou seja, é a percepção que os profissionais das mais diversas áreas correlatas ao negócio têm sobre uma organização privada, pública ou não-governamental.
Nesse campo, além da remuneração e benefícios sociais, esse público se interessa pelo clima organizacional, pelo propósito da marca além do lucro, e outros atributos que a empresa possa oferecer para sua realização profissional, como índice de bem-estar e felicidade. Ou seja, pelas características que fazem de uma empresa um bom lugar para se trabalhar, de acordo com cada perfil.
Por que investir na estratégia
De acordo com uma pesquisa de comportamento do LinkedIn, 75% das pessoas avaliam detalhes e características das empresas antes de se candidatarem a uma vaga. Mesmo em momentos de retração econômica e elevado índice de desemprego, os profissionais mais qualificados relutam em aceitar vagas que oferecem menos benefícios materiais e imateriais que desejam.
Nem sempre uma marca forte e popular é vista como uma boa empregadora, ao passo que uma empresa menos conhecida pelo consumidor final pode ter excelente reputação no mercado de trabalho e, dessa forma, ser cobiçada por profissionais talentosos e comprometidos com os resultados do negócio.
É por meio de uma estratégia de Employer Branding bem planejada e executada que a reputação da marca empregadora ganha valor e passa a ser desejada.
A estratégia de Employer Branding
A área de Recursos Humanos não é a única responsável por essa estratégia. É preciso envolver os departamentos de marketing e as altas lideranças em um projeto de employer branding. C-Levels contribuem no trabalho de detalhar suas expectativas e necessidades. E a equipe de marketing se encarrega de estabelecer táticas de comunicação para alcançar os profissionais ideais.
O marketing digital, por exemplo, é extremamente eficaz em um projeto de employer branding, pois atua por meio de ferramentas poderosas e diversificadas de atração em canais diversos, como LinkedIn e Instagram.
Além de atrair novos candidatos, as ferramentas do marketing digital multiplicam o engajamento interno e fidelizam os colaboradores às empresas. Afinal, funcionários satisfeitos tendem a compartilhar suas impressões positivas das organizações onde trabalham de forma espontânea e natural.
A vantagem para o gestor de RH é que, por meio do Employer Branding, a área passa a ser mais eficiente e respeitada pelas altas lideranças, afinal ela passa a ser vista como uma parceira estratégica de negócios, não apenas como prestadora de serviços.
Outro ponto positivo desta estratégia é a possibilidade de mensurar o Retorno Sobre o Investimento (ROI) do empregador. Com a posse de números que comprovam benefícios como redução de custos no RH e outros ganhos, o gestor ganha mais credibilidade e oportunidades para aprimorar sua atuação interna.
Importância do Employer Branding no pós-pandemia
A cultura do trabalho está mudando, por isso mais do que nunca as empresas precisam atrair e reter colaboradores que realmente estão alinhados à sua cultura organizacional. Os modelos de trabalho remoto e híbrido vieram para ficar, então as relações de trabalho agora trazem novos desafios.
Nesta nova era, se adaptam melhor colaboradores mais flexíveis e com capacidade de autogestão. Os profissionais mais criativos e inovadores também costumam preferir ambientes corporativos mais inspiradores, como os espaços de coworking, por exemplo.
Essa opção tem ajudado empresas a reter talentos inovadores e criativos, pois são ambientes mais descontraídos, com espaços de descompressão, como sala de jogos e áreas de convivência favoráveis à troca de experiências e networking.
O mais importante no Employer Branding é conhecer profundamente a cultura e o propósito da empresa para comunicá-los de forma correta. Cada perfil de vaga e de candidato possui características específicas. Entendê-las e usá-las a favor dos seus objetivos é a chave dessa estratégia.