Definir a remuneração de sócios e administradores de uma empresa é uma questão essencial para a organização financeira do negócio. Entre os termos que surgem nesse contexto, o pró-labore costuma gerar algumas dúvidas.
Afinal, quem deve receber? Qual é o valor ideal? Como calcular? A resposta para essas e outras perguntas sobre o assunto, você encontra a seguir. Acompanhe a leitura e confira!
O que é pró-labore?
A expressão pró-labore vem do latim e significa “pelo trabalho”. Trata-se do valor que o empresário e seus sócios recebem todos os meses por trabalharem na empresa.
Diferente do salário pago aos funcionários, o pró-labore não segue as regras da CLT (Consolidação das Leis do Trabalho) e não dá direito a benefícios trabalhistas.
Quem recebe pró-labore?
O pró-labore é destinado aos sócios que exercem alguma atividade dentro da empresa. Isso significa que um investidor não atuante no negócio, não irá receber essa remuneração, ficando apenas com a distribuição de lucros.
Já os sócios que desempenham funções administrativas, gerenciais ou operacionais devem receber o pró-labore pelo trabalho realizado.
Qual deve ser o valor do pró-labore?
O valor do pró-labore varia conforme o porte da empresa e o tipo de função exercida por cada sócio administrador. Não há um valor padrão, mas sim o mínimo definido por lei, que é o salário mínimo vigente.
A prática mais comum no mercado é pesquisar a média salarial para exercer cada função em questão e acrescer de 20% a 30%. Esse acréscimo é uma estratégia de compensação pela ausência de direitos trabalhistas, como plano de saúde e 13º salário.
Quais impostos incidem sobre o pró-labore?
O pró-labore está sujeito a dois tributos principais, que são:
INSS (Instituto Nacional do Seguro Social): a alíquota mínima é de 11% sobre o valor do pró-labore, garantindo a contribuição previdenciária do sócio, ou seja, o direito à aposentadoria, auxílio-doença, salário-maternidade e outros benefícios previdenciários.
Imposto de Renda Retido na Fonte (IRRF): varia conforme a tabela progressiva do IR, podendo chegar a 27,5% dependendo do valor recebido.
Esses tributos impactam diretamente o caixa da empresa. Dessa forma, é essencial ter um planejamento financeiro eficiente para equilibrar a remuneração dos sócios sem comprometer a sustentabilidade do negócio.
É obrigatório ter pró-labore?
Conforme a Lei nº 8.212 de 1991, o pagamento de pró-labore para os sócios administradores que atuam na empresa é obrigatório a partir do momento em que o negócio começa a dar lucros.
Os sócios que não possuem um cargo no empreendimento não devem ter essa remuneração, ficando apenas com a participação dos lucros.
Qual é a diferença entre salário e pró-labore?
Embora ambos sejam formas de remuneração, possuem funções diferentes dentro da empresa, observe:
Salário: pago a funcionários contratados sob o regime CLT, com direitos como férias, 13º salário e FGTS (Fundo de Garantia do Tempo de Serviço).
Pró-labore: remuneração dos sócios administradores da empresa. Não dá direito a benefícios trabalhistas, mas sobre ele incide a contribuição previdenciária ao INSS, garantindo acesso à aposentadoria e outros benefícios.
Qual a diferença entre lucro e pró-labore?
Quando se trata de lucro, o pró-labore possui outras diferenças, sendo elas:
Pró-labore: pagamento pelo trabalho exercido pelos sócios dentro da empresa.
Lucro: distribuição dos resultados financeiros do negócio entre os sócios proporcionalmente às suas cotas. Pode ser retirado periodicamente, dependendo da lucratividade do negócio, e não sofre incidência de INSS, ao contrário do pró-labore.
Quem recebe pró-labore tem direito a 13º salário?
Não. O 13º salário é um benefício trabalhista garantido apenas para funcionários com carteira assinada. Logo, como o pró-labore não segue as mesmas regras da CLT, ele não dá direito ao pagamento do 13º.
Por isso, costuma-se definir uma porcentagem da remuneração média para a função exercida para cada sócio administrador. Assim, eles poderão cobrir a ausência de benefícios como o 13º.
Como comprovar renda de pró-labore?
Como vimos até aqui, o pró-labore é diferente do salário recebido pelos funcionários da empresa. Por isso, os sócios administradores não possuem holerite.
Nesse caso, quem recebe pró-labore pode comprovar sua renda através de um documento chamado DECORE (Declaração Comprobatória de Percepção de Rendimentos).
Para obtê-lo é preciso solicitar a um contador, que irá emiti-lo conforme a renda da pessoa física solicitante. Então, poderá ser usado como comprovante para solicitar financiamentos, cartões de crédito, aluguéis e outras transações.
Como calcular o pró-labore?
O cálculo do pró-labore deve considerar alguns pontos fundamentais:
- Número de sócios administradores e a função a ser exercida por cada um;
- Remuneração média para as funções assumidas pelos sócios;
- Possibilidades financeiras do negócio;
- Compensação de 20% a 30% pela ausência de benefícios trabalhistas.
Considerando esses aspectos será possível chegar a valores justos para os sócios que irão trabalhar na empresa, mas sem prejudicar o caixa.
Como o coworking pode ajudar a equilibrar as finanças da empresa?
Não dá para falar em pró-labore sem considerar as finanças da empresa. Afinal, o valor pago mensalmente aos sócios administradores deve ser equilibrado com as despesas operacionais para garantir a sustentabilidade do negócio.
Uma estratégia interessante para reduzir custos fixos e melhorar o fluxo de caixa é optar por um espaço de coworking. Assim, o empreendimento passa a funcionar em um local com estrutura de ponta, mas sem os custos fixos envolvidos com a locação e manutenção de um escritório próprio.
Conheça os principais benefícios oferecidos pelo coworking para empresas de diferentes segmentos:
- Localização estratégica, em regiões privilegiadas para os negócios;
- Estações de trabalho em ambiente coletivo e salas privativas de diferentes tamanhos;
- Contato com outros empreendedores, proporcionando a troca de conhecimentos e experiências;
- Serviços de apoio administrativo, como atendimento telefônico, recepção e gestão de correspondências;
- Salas de reunião estruturadas e climatizadas para locação por hora, pagando apenas quando usar;
- Contratos flexíveis, podendo ser alterados conforme a necessidade;
- Internet de alta velocidade;
- Serviços de limpeza e manutenção incluídos;
- Sem preocupações estruturais para foco total na gestão do negócio.
Faça uma boa gestão financeira na sua empresa, empregando recursos estrategicamente para áreas como o crescimento do negócio e a remuneração dos sócios.
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